Quer ser dono do próprio negócio? Então, é primordial que você saiba como fazer um planejamento financeiro empresarial. Isso porque, muitas das suas estratégias terão como bússola esse estudo.
Até porque, como você deve imaginar, um negócio não sobrevive sem dinheiro em caixa e esse plano é responsável por evitar que esse problema aconteça.
Portanto, entender que o planejamento financeiro empresarial é a base do seu empreendimento, é só o primeiro passo!
Agora, descubra como ele deve ser elaborado.
O que é um planejamento financeiro empresarial?
Antes de aprender como fazer um planejamento financeiro empresarial, é essencial entender do que se trata o assunto.
O documento aponta os rumos que o empreendimento pretende seguir para se tornar rentável, estabelece as ferramentas utilizadas para obter receita e define as metas propostas a curto, médio e longo prazos.
Para fazer um planejamento financeiro algumas metodologias podem ser adotadas, como por exemplo, a 5W2H que é uma combinação de algumas das técnicas existentes.
O método se baseia em sete perguntas que servem como guia:
- O que será feito?
- Quando?
- Onde?
- Como?
- Por quem?
- Por qual motivo?
- Qual o custo?
Faça um planejamento financeiro empresarial em 4 passos
A metodologia, porém, que será usada neste post parte do Ciclo PDCA, o qual é composto por quatro etapas:
- Plan (P) = Planejar;
- Do (D) = Fazer;
- Check (C) = Checar;
- Action (A) = Agir.
Confira como fazer um planejamento financeiro empresarial em apenas 4 passos:
1. Estabeleça metas (Planejar)
Procure começar pelo básico, estabeleça seus principais objetivos e coloque-os no papel. Algumas sugestões são:
- Encerrar o ano com lucro;
- Pagar as contas antes do vencimento;
- Aumentar o faturamento em 10% a cada dois meses;
- Dobrar o número de clientes ativos em um trimestre;
- Abrir uma filial;
- Reduzir custos em 20%.
Solte a imaginação, anote suas intenções, pois é daí que sairá seu planejamento estratégico!
Feito isso, comece a definir os prazos e o que precisará fazer para alcançar cada uma das metas que traçou, como por exemplo: controle do fluxo de caixa, conciliação bancária, pagar contas, gerar relatórios, verificar recebimentos, etc.
2. Coloque as estratégias em prática (Fazer)
Tudo o que engloba a gestão financeira é realmente delicado, pois é preciso calcular, friamente, cada passo a ser dado. Caso as coisas fujam, com grande intensidade, do que foi proposto, o prejuízo pode ser irreversível.
Desse modo, o processo deve ser realizado com muita dedicação e empenho, sem pressa e registrando cada detalhe. Porém, depois que isso é feito, é hora de “colocar a mão na massa” e implementar o que planejou na etapa anterior.
Aqui, é importante tomar nota de tudo e apontar o que acontece:
- O lucro foi o esperado?
- Quanto faturou?
- Gastou mais do que previsto?
- Ganhou clientes?
- As contas foram pagas?
Com isso, é possível medir os resultados e identificar o que precisa melhorar.
3. Analise os resultados (Checar)
Na terceira fase do planejamento financeiro, o gestor deverá decidir se mantém os planos iniciais ou “recalcula a rota” a partir da interpretação dos dados apontados no tópico anterior.
Ou seja, os primeiros resultados práticos devem ser comparados com aqueles que foram planejados e transferidos para o papel, lembra?
Por isso, observe tudo o que foi concretizado e compare com o projeto inicial. Avalie se os resultados estão dentro do esperado, o que está funcionando, o que não está, o que parece estar demorando mais do que o previsto para ser concluído, etc.
Resumidamente, o objetivo nesta etapa é ter uma visão panorâmica do negócio e encontrar as respostas necessárias para dar o próximo passo na direção adequada.
4. Ajuste o que for necessário (Agir)
Por fim, é hora de agir!
Diferente do segundo passo do PDCA — o “fazer” —, aqui, todos os planos devem ser lapidados, a fim de descobrir, verdadeiramente, a estratégia que será adotada a médio e longo prazo.
De tal modo, esta é a hora certa de ajustar tudo aquilo que vem demonstrando que comprometerá o plano financeiro da empresa, impedindo-a de prosperar como se imaginou.
Na prática, este é o momento de verificar se o negócio executou o que previa executar: conquistou novos clientes? Aumentou a margem de lucro? E o faturamento, como ficou?
A partir disso, é preciso se questionar quanto às mudanças que devem ser feitas para alcançar o que se espera.
Como otimizar o planejamento financeiro empresarial?
Bom, agora que você já sabe como fazer um planejamento financeiro empresarial e obter as projeções necessárias de receitas e despesas, a fim de visualizar a real situação econômica do negócio, podemos te apresentar algumas dicas extras.
Com isso, as tomadas de decisão se tornam mais fáceis, uma vez que o processo é otimizado e os caminhos a serem seguidos ficam mais evidentes.
Então, saiba o que fazer para potencializar o planejamento financeiro da sua empresa e ter maior controle do orçamento e precisão ao gerenciar as metas que pretende atingir:
Trabalhe com dados reais
A primeira sugestão para quem pretende estruturar um empreendimento do jeito certo desde o começo, é conhecer o real cenário do negócio. Em outras palavras, é preciso ter informações diversas, como:
- Qual o interesse do mercado no seu produto ou serviço?
- Quais os pontos positivos e negativos da sua marca?
- Qual o diferencial dela diante das concorrentes?
- Quem é sua persona?
- Como se dá a comunicação com os clientes?
- Qual o perfil do seu público-alvo?
Registre, organize e mapeie as respostas de todas essas questões em uma planilha. Feito isso, será mais simples tomar decisões que tenham a ver com suas expectativas.
Tenha um plano de ação
Depois de coletar todas as informações citadas acima, já é possível criar um plano de ação direcionado aos seus verdadeiros interesses.
Por isso, este é o momento de elaborar cronogramas mais realistas, dividir as tarefas conforme as responsabilidades de cada colaborador, mensurar resultados, registrar todas as ações que pretende colocar em prática e assim por diante.
Dessa maneira, você estará mais preparado para encarar eventuais mudanças de percurso ao longo da sua jornada como empreendedor.
Peça ajuda
O último ponto que não pode, em hipótese alguma, ser relegado, diz respeito à humildade de reconhecer que nunca sabemos tudo e sempre estamos aprendendo algo novo.
Portanto, aceite ajuda quando for oferecida e, mais do que isso, saiba procurá-la! Não fique estagnado no mesmo lugar ou “batendo cabeça” repetindo os mesmos erros.
Os assuntos são muitos, são técnicos e vão desde organização do fluxo de caixa até a obtenção de mais capital de giro. Assim, ter com quem contar e confiar nessas horas é imprescindível para tornar tudo mais leve e seguro.
Redução de custos: indispensável ao planejamento financeiro
Para encerrar o assunto, precisamos ressaltar que a saúde financeira da sua organização depende, diretamente, das estratégias adotadas para reduzir custos.
Ou seja, buscar maneiras de aumentar o faturamento da empresa é fundamental. Entretanto, isso não é o suficiente para seguir o que foi estipulado pelo planejamento financeiro.
Afinal, de nada adianta gastar na mesma proporção que se ganha!
Em síntese, é necessário estar atento aos custos constantemente, mesmo quando tudo parece que vai bem e o faturamento aumenta.
Esse costuma ser o momento em que o empreendedor se ilude e chega a pensar que nunca mais tomará prejuízo na vida.
Tenha cuidado, mantenha-se de olho nos indicadores e continue sempre buscando estratégias para reduzir os custos. Leia mais:
